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Manuel e Adílio beatificados: Uma marca de Fé

Ao Dizermos, Ó Deus de bondade, sabemos que é a invocação e o começo da oração realizada por inúmeros fiéis que esperavam por décadas a apresentação e confirmação dos Mártires do Rio Grande do Sul, de Manuel e Adílio, no dia 21 de outubro de 2007, como Beatos e intercessores do povo.

Desde o martírio em 1924, há quase 100 anos, o povo de Deus vê em Manuel e Adílio a figura de santidade e testemunho até os dias atuais. Aquele povo Teuto, em Três Passos, que enterraram piedosamente um Padre e um Jovem, que só o conheciam de nome, já depositavam sua fé na intercessão desses santos homens Manuel e Adílio.

Passando o tempo, a história vai sendo reconstituída pela Santa Igreja, e sua memória não deixa seus filhos no esquecimento. Inicialmente pequenos gestos que se desdobram em atos de fé e que se estenderam por anos. A confiança em Deus, porém, não falha e coloca pessoas certas que trilham e fazem brilhar os caminhos do Senhor.

Passados 40 anos do martírio havia uma certeza: que o êxodo deveria acontecer naquele momento. O Padre e o Coroinha deviam voltar pra casa (Nonoai). E assim se organiza o traslado de Três Passos para Nonoai passando pelas Paróquias que ficavam pelo caminho percorrido. Essa jornada foi um ato de fé e devoção muito importante para a Igreja Diocesana.

Passando quase 40 anos da volta a Nonoai, depois disso, é iniciado o processo de beatificação e em 10 anos finalizado. Com a conclusão do processo ao final de 2006 vem a cerimônia de Beatificação; ficando prevista para outubro de 2007. E assim, acontece um dos maiores eventos da Diocese Frederiquense. Houve um empenho muito grande dos diocesanos em preparar o momento. Havia uma alegria imensurável em poder invocar o termo ‘Beatos’. Porque foram e são Bem-aventurados ou felizes estes que oferecem a vida pelo Evangelho. Completaram a corrida e guardaram a fé. Deram o testemunho que cada cristão pode também realizar a sua jornada no eixo do Evangelho da vida do “Eu Sou” dando inteiramente a sua própria vida à causa de Deus. E depois disso, a cerimônia de beatificação, já vai mais de uma década o marco da história chamada apresentação concreta de um testemunho de fé.

O que fica para os cristãos desse século e para cada um de nós? Uma certeza é que ainda continua a oposição ao Evangelho do Senhor. Uma certeza que as feridas abertas em Manuel e Adílio não cicatrizaram, porque ainda são e serão abertas em novos mártires. Ainda estão abertas em nós. Assim como em nosso Senhor quando aparece aos Apóstolos e mostra as chagas das mãos e do lado aonde brota os sacramentos da Igreja. Os estigmas estarão sempre na Igreja missionária. Não como devocionismo do entretenimento religioso; mas como a marca dos seguidores do Cristo Jesus.

Fazei, ó Deus, para vossa maior glória, sejam Canonizados estes nossos irmãos fiéis testemunhas.

Cônego Leandro Piffer

Estudos e pesquisa da espiritualidade dos Beatos Manuel e Adílio

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